Brasileiros admitem saber pouco sobre educação financeira 

Recentemente, a Febraban divulgou os resultados de uma pesquisa sobre educação financeira e o dado que mais chama atenção é que 55% dos brasileiros admitem entender pouco ou nada sobre o assunto. 

Apesar dessa autodeclaração de desconhecimento, o tema é quase unânime em uma avaliação: 91% afirmam que a educação financeira é importante ou muito importante para a vida pessoal e profissional. Para a maioria, o assunto está associado sobretudo ao controle do orçamento doméstico, ou seja, planejar receitas e gastos do dia a dia. Aspectos mais amplos, como formação de patrimônio, proteção contra imprevistos ou estratégias de investimento, aparecem com menos frequência nas respostas. 

A pesquisa mostra que muitos brasileiros tentam adotar boas práticas. Cerca de 61% afirmam que costumam poupar ou investir quando conseguem. Por outro lado, 39% dizem estar atualmente endividados; desses, 23% acreditam que terminarão 2025 ainda mais endividados do que no ano anterior. 

O uso de crédito é bastante comum, com 61% dos respondentes informando que usam frequentemente ou ocasionalmente algum instrumento de crédito, seja cartão, empréstimo ou financiamento. Entre as formas de crédito, o cartão se destaca, sendo mencionado por 66% dos entrevistados. 

Quando perguntados sobre onde buscam conhecimento financeiro, os canais digitais aparecem como os mais citados (sites/portais 22%, redes sociais 18%). Logo atrás vêm conversas com familiares e amigos (17%) e o ambiente escolar ou universitário (15%). Meios tradicionais, como televisão ou jornais, são lembrados por 12%, enquanto somente 5% mencionam ter recebido orientação de bancos no momento da contratação de produtos financeiros. 

Os dados da Febraban expõem claramente um desafio estrutural. Muitos brasileiros lidam com suas finanças com base no cotidiano, orçamento, contas, dívidas. Mas têm pouca familiaridade com conceitos de longo prazo, como investimento, reserva para emergências, ou planejamento financeiro de médio e longo prazo. Isso representa um risco para quem pensa em futuro, aposentadoria ou previdência complementar. 

No contexto de Entidades Fechadas de Previdência Complementar essa lacuna de educação financeira pode dificultar uma adoção consciente e planejada dos benefícios oferecidos, além de comprometer a capacidade do participante de avaliar o impacto de contribuições, perfil de investimento e o horizonte de benefícios. 

A pesquisa sugere que a disseminação da educação financeira depende fortemente de informação acessível e adequada ao perfil de cada pessoa, seja por meio digital, familiar, escolar ou institucional. Iniciativas voltadas à formação de cultura de poupança, planejamento e investimentos, assim como divulgação clara sobre previdência e seus benefícios, podem contribuir para um cenário mais consciente. 

Em síntese, a pesquisa da Febraban revela que, embora a maioria dos brasileiros reconheça a importância da educação financeira, mais da metade admite saber pouco ou nada sobre o tema. Esse contexto demanda atenção especial de instituições previdenciárias e financeiras para promover educação financeira de forma ampla, contínua e acessível, fundamental para estimular decisões conscientes de longo prazo e favorecer o planejamento previdenciário. 

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16 de dezembro de 2025

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